António Horácio Tavares, presidente da Tuna, no uso
da palavra (e cima) e aspecto do concerto (em baixo)
A freguesia de Ois da Ribeira tem sido palco de vários espectáculos
culturais ao longo dos últimos anos - no Salão Cultural da ARCOR, no
restaurante Pôr-do-Sol e mesmo ao ar livre, no parque da pateira.
Para uma freguesia pequena como a nossa, mas com duas associações de
bastante dinâmica e também entre-ajuda - Tuna e ARCOR - a oferta cultural tem
sido assegurada e de muito boa qualidade, ainda que algumas vezes não
participada da melhor maneira pelos habitantes.
No caso da Tuna de Óis da Ribeira, desde a sua reestruturação (em 1991) e
oficializada em 1993, percorreu um caminho de consolidação associativa e também
musical, sob a regência de Carlos Matos (até 2007) e Nuno Almeida (um músico da casa). Em 2010, a direcção música teve uma
nova alteração e a Tuna passou a ser regida pelo Maestro António Bastos, de
Eixo.
O novo Maestro trouxe novas ideias e iniciativas, entre as quais o
inédito concerto de Natal de 2011, em parceria com o Grupo Coral Jovem da ARCEL
e, já este ano, o Masterclass de Clarinete (a 10 e 11 de Março), ambos
de grande sucesso.
No sábado passado, 19 de Maio, mais uma ver por iniciativa do maestro
António Bastos, a direcção decidiu organizar mais um concerto inédito em Ois da
Ribeira, convidando a Orquestra Sinfónica do Conservatório de Música de Aveiro
de Calouste Gulbenkian, que acedeu prontamente.
O concerto foi dirigido pelos professores Tiago Abrantes e Domingos Lopes, interpretando-se Giuseppe Verdi, com arranjo de David Stone («Grande Marcha», da Ópera
Aida), W.A. Mozart (1º. Andamento do Concerto em Ré M para Flauta e Orquestra K.314, com solo em Flauta Transversal de Ana Rita Oliveira), J. Massenet («Meditação», da Ópera Thais, com solo em Violino de Inês
Bastos), O. Respighi (Danças e Árias Antigas), G. Bizet («Cenas», de Carmen, suite nº. 1) e E. Elgar («Pompa e Circunstância», Marcha
nº. 1)
O concerto foi magnífico e, não menosprezando outros, unanimemente
considerado o melhor espectáculo musical que já teve lugar na freguesia.
Durante os agradecimentos finais, disse o presidente da direcção da Tuna,
António Horácio, que "o que é bom acaba depressa e dizia alguém, ainda há pouco,
isto faz arrepiar... e é verdade...». Acrescentou que "Ois da Ribeira não está muito habituada a
este tipo de espectáculos, mas tenho a certeza que toda a gente gostou e que, a
partir de hoje, se não gostavam passaram a gostar...».
Agradeceu à ARCOR, pela cedência do espaço (para
o concerto e jantar da orquestra) e ao vereador
João Clemente (pela presença, em representação da Câmara Municipal de
Águeda).
LUÍS NEVES