terça-feira, 31 de julho de 2012

Assembleia popular não chegou ao fim e não teve votos



A reunião convocada pela Assembleia e Junta de Freguesia de Ois da Ribeira não chegou ao fim. Foi abandonada pelos populares, a 28 de Julho, antes da votação.
O objectivo era os cidadãos eleitores «darem a sua opinião quanto à freguesia, com as quais gostaria de se agregar», no âmbito do processo administrativo em curso. «A opinião maioritária, desde que representativa do universo eleitoral, servirá para fundamentar o parecer a enviar pela Assembleia de Freguesia à Assembleia Municipal de Águeda, caso seja necessário», explicava o convite à população.
A população até correspondeu (mais de 70 pessoas) e participou, desde logo ficando vincada a posição de não haver agregação, ainda que possivelmente seja inevitável. «A termos de aceitar a imposição da lei, mostremos a nossa indignação por, em Lisboa, uns senhores decidirem por nós, o que nós não queremos», foi o tom geral de aplaudidas intervenções. E vários cidadãos intervieram, sublinhando esta opção: José Maria Gomes, Rosário Cadinha, Manuel Tavares, Horácio Tavares, Celestino Viegas, Manuel Joaquim Carvalho, António Melo, Hercílio de Almeida, Agostinho Tavares, Albertino Soares, Angelino Gomes, Lurdes Cadinha, Hermínia Viegas e Diamantino Correia, talvez outros.
    Os presidentes a Assembleia e Junta de Freguesia e mesa não quiseram dar a sua opinião, argumentando não quererem influenciar o voto popular, mas insistiu na oportunidade de serem indicadas as freguesias opcionais para a eventual agregação e respondeu a algumas questões. Ficou a saber-se, por exemplo, que a Assembleia de Freguesia de 23 de Julho foi unânime em não aceitar a agregação. 

«Foram 7-0...», disse Paulo Gomes (PSD), um dos eleitos, referindo-se aos 7 membros da AFOR - 4 do PSD e 3 do PS (embora Carla Tavares e Luís Neves não estivessem na reunião de 28 de Julho).
Se era assim, toda a gente estaria de acordo quando à não agregação. Rui Cardoso ainda chegou a propor «um plano B», mas entre alguma confusão e impaciência, o presidente Manuel Soares (AFOR) lançou a votos uma proposta que não foi bem entendida, ainda houve braços no ar e foram pedidos esclarecimentos, mas a maioria esmagadora dos cidadãos logo abandonou a sala. Não chegou a votar-se o que quer que seja.

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