quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Canoagem da ARCOR "perdeu" alguns atletas

O Grupo Cultural da Taipa poderá vir a reactivar a Secção de Canoagem e receber atletas que saíram(ão) da ARCOR. “Fui contactado e isso será possível, embora não desejável”, disse Sesnando Reis.


Sesnando Reis foi presidente da ARCOR, é presidente da Junta de Freguesia de Requeixo e foi o dinamizador da Secção de Canoagem do clube da Taipa, onde reside. Clube que em 1996/97/98 participou em muitas provas regionais e nacionais, com títulos no bornal. Foi apanhado de surpresa: “Fui realmente abordado por pessoas que se disseram insatisfeitas com a ARCOR e querem continuar a praticar a canoagem na pateira. Sugeri-lhes que tivessem calma, que não se precipitassem. Eu gosto muito da ARCOR e não quero criar-lhe nenhum embaraço”.

Sesnando Reis foi o presidente da direcção que, na associação de Ois da Ribeira, lançou a canoagem, em 1990. E sente-se dividido.

“Por um lado - disse a SPD - não quero confusões com uma instituição a que muito quero, de que fui presidente e de que sou sócio. Por outro, acho que os atletas que querem praticar a canoagem e o querem fazer na pateira, não deverão deixar de ser apoiadas, até porque dispomos de material”.

O clube da Taipa vai, então, ser reactivado e acolher os dissidentes da ARCOR? Sesnando Reis, reafirmando “não querer prejudicar a ARCOR”, admite que sim: “Os atletas não vão ficar sem treinar e pode-lo-ão fazer na pateira de Requeixo, como desejam, e com os equipamentos que temos”. Sublinhou, todavia, que “o melhor é que as coisas se resolvam na ARCOR”.Problemas na ARCORA saída de atletas da ARCOR - pelo menos uma dezena - aconteceu depois da reunião de 19 de Setembro.

A direcção de João Gomes exigiu que os atletas fossem responsáveis pela inscrição, pelo seguro desportivo e pelas inspecções médicas. E confirmou que o clube não assumiria o transporte para treinos. E, além disso, os atletas terão de ser sócios, assim como um dos pais.

Parte dos atletas e famílias não concordaram com a postura directiva e abandonaram o clube - tendo alguns deles levado já as embarcações pessoais. Quem também abandonou, foi Tozé Santos - um dos elementos do quadro técnico anunciado para a nova época e que tem dois filhos atletas. Aparentemente, as tarefas que atribuídas não seriam as que a aconteciam, na prática.


ARCOR desconhece

quaisquer saídas


Sérgio Almeida, vice-presidente da direcção da ARCOR e responsável pela Secção de Canoagem, disse “ter ficado surpreendido com a possibilidade de alguns canoístas se mudarem para o Clube da Taipa”. “Se tal acontecer, tenho pena, porque não queremos afastar ninguém”, sublinhou a SPD.

O dirigente do clube ribeirense disse a SPD que “a Secção de Canoagem da ARCOR está a ser reestruturada”, nesse sentido estando a ser “implementadas regras, às quais as pessoas terão que se adaptar”.

“Impunha-se um regulamento interno, que não existia, de modo a que possamos melhorar a organização da Secção. É nesse sentido que queremos actuar”, disse Sérgio Almeida.

O responsável da canoagem confirmou as exigências feitas aos atletas, considerando que “não podemos dar mais do que aquilo que temos dado, face às dificuldades com que nos temos deparado”.

A saída de Tozé Santos e não foi confirmada por Sérgio Almeida. “Não se negou a apoiar e contamos com ele, dentro daquilo que for planificado pelo treinador André Santos”, disse o dirigente da ARCOR.

“A Secção de Canoagem da ARCOR existe, também, para educar os jovens atletas, dando ênfase à componente pedagógica”, rematou Sérgio Almeida, que se manifestou “convicto num futuro risonho”.

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